segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Tempestades



Confesso que a vida me chega em tempestades. No momento, a tempestade enche meus dias de pequeninos pedaços de felicidades e realizações, com trovoadas de amores e raios contínuos de encantamento. Ao final, um lindo arco-íris pairará sob o jardim de acácias alaranjadas em que minha alma se transformará.

Trilhos da Vida




Ande "nos trilhos" ja fixados com seus dormentes,
apenas enquanto o trem não vier.
Quando ele apitar,
não se deixe esmagar,
esqueça as ordens recebidas,
pule para o lado,
pise na relva,
no concreto,
no ladrilho,
na terra...
Volte atrás,
faça curvas,
entre em becos,
pare numa esquina....
Aprenda, em solo plano, a andar
Passar a vida se equilibrando é cansativo e
morrer por obediência é covardia.

Nosso amor na outra vida.





Então vamos marcar para nos encontrarmos cedinho, na curva bem sinuosa, da estrada estreita e montanhosa da outra vida, para que possamos subi-la bem devarzinho, sempre sentindo um frio na barriga, com as mãos entrelaçadas, para não cairmos.

Quanto mais subirmos, mais ganharemos a visão do mundo lá baixo e nos aproximaremos das nuvens azuis do céu, cujas menores e mais baixas farão cócegas em nossas narinas, nos causando risos permanentes.

Também, o sol nos será complacente e sempre virá com calor ameno, pois a nós não precisa aquecer, já que nossos sentimentos recíprocos de amor e confiança nos fornecerão a energia e a luz necessárias para seguirmos sempre em frente, com felicidade.

Nas noites de lua cheia, sentaremos na estrada para recebermos e nos recarregar de energia e sentimento. Ficaremos transparentes de tanta claridade interior.

Nas noites de lua minguante, não temeremos a escuridão, pois ela será neutralizada sempre que nossos olhares se encontrarem e deles sairão fachos da claridade mais rara e mais valiosa do universo: a claridade do amor transcendente, do amor que é a palavra em si, que não precisa ser dita.

Sempre juntos, até o fim, chegaremos ao cume da montanha da vida, compartilhando tudo o que vimos, vivemos e sentimos no trajeto. E ainda, entre nós, haverá tanto amor e cumplicidade, que Deus ao ver esplendorosos sentimentos, abrirá uma exceção e, ao invés de nos dar o destino final igual aos dos outros mortais, que devem ser enterrados sob as pedras do monte, nos transformará em dois pássaros brancos, com enorme asas fluorescentes, com a a missão de espalharem pozinhos neutralizadores de sofrimentos, para toda a humanidade.

(Não chore de emoção, meu bem mais querido, pois eu já o fiz por nós dois.)